A cada ano que se passa, o futebol vai tomando proporções gigantescas em nosso meio social. Desde aqueles que cresceram com o time do coração, seja do adulto que recebeu de herança de família o amor por um clube, ou da criança, que cresce acompanhando os pais.
Torcer para um time, não vejo como uma escolha, pois em minha concepção de vida, não escolhemos os nossos sentimentos para com as pessoas ou coisas afins. Ao conhecermos ou descobrirmos, ai sim nossos sentimentos passam a existir.
Quando aprendi amar o Cruzeiro, ainda criança, não tinha conhecimento de quantos títulos a equipe tinha e de quais competições participavam. Nada se comparava ao meu deslumbramento pela junção do azul e branco como a cor do céu. Cresci e passei a ter outras visões: que vencer cada partida faria a diferença no término da competição.
Hoje, acostumada a ver sempre o meu Cruzeiro disputando grandes competições nas pontas das tabelas, confesso que estou meio frustrada (pra não dizer decepcionada) como time que aprendi a amar. Aqueles que amam esse time como eu, devem entender o que estou tentando traduzir em palavras essa má fase.
É triste esperar dias pra ver sua equipe entrar em campo e ver que aquele time de guerreiros que, apesar de não terem abandonado a luta, desistiram de vencer a batalha. E que no final, são as mesmas desculpas para justificar a derrota.
É inadmissível um jogo onde o coletivo é primordial, você ver apenas um na sua individualidade tentar fazer tudo que era pra ser feito em parceria.
O que está faltando ao Cruzeiro?
Comprometimento da diretoria? Isso já faz parte algum tempo mais e em campo onde fica o comprometimento dos que assumiram vestir a camisa celeste? Amor ao clube? Não podemos obrigar a tê-los, mas podemos exigir dos mesmos o profissionalismo aos quais fizeram chegar onde estão e honrar aos que já vestiram e fez muito pelo Cruzeiro.
Reage Cruzeiro! Vamos resgatar o brilho das nossas estrelas, pois o sentimento dos milhões de torcedores por você não para.
Por: Giselle Carvalho
Azul Estrelado 